Conspiração permanente”

Ariamtea Souza

No meio do salão
Ao participar na noite de quinta-feira da solenidade de posse da nova diretoria da Associação Comercial de Campina, o prefeito diplomado Romero Rodrigues fez o convite público para que Luiz Alberto Leite, que estava deixando a presidência da entidade, assumisse o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico a partir de janeiro.
“O convite está aceito e já começo a trabalhar a partir de agora”, respondeu prontamente o empresário.
O detalhe
Luiz Alberto chegou a ser convidado pelo governador Ricardo Coutinho para ser o secretário executivo de Indústria e Comércio do Estado, no início do governo. Mas declinou, alegando que “tenho uma tarefa a cumprir na Associação”.
A escolha acabou recaindo no empresário Marco Procópio.

Dimensão
No pronunciamento que fez de despedida da presidência da ACCG, antes de saber do convite para o secretariado, Luiz Alberto afirmou que “só quem preside esta entidade sabe a força e o prestígio que ela tem”, por ter se constituído, ao longo das décadas, “como porta-voz dos anseios de nosso povo”.

Gestação
A escolha do titular desta Pasta surgiu a partir da indicação de uma lista de nomes por parte de entidades empresariais.

Funil
Até horas antes do anúncio, Romero avaliava os nomes de Luiz Alberto e do empresário Ruan Pinheiro (que atua na área de segurança eletrônica).

Legado
No seu discurso de posse como presidente da ACCG, o empresário Álvaro Barros sublinhou que passava a comandar os destinos de uma entidade possuidora de um “patrimônio de influência sobre as grandes questões em debate em nosso Estado”.

“Herança”
“Essa é uma herança de geração para geração”, reforçou, para atestar que “essa tradição aumenta a nossa responsabilidade, não só de apontar problemas, mas também de propor soluções”.

Prioridade
Álvaro asseverou que “não mediremos esforços para inovar”, estabelecendo como meta inicial a elevação do quadro de sócios para 1 mil participantes.

Modelo
O novo dirigente confessou que ficou muito impressionado com a gestão atual da Associação Comercial de Caruaru (PE), que pretende adaptar e implantar.

“Ícone”
O empresário Francisco ´Buega´ Gadelha, que falou em nome de todos os homenageados – entre os quais o Grupo São Braz -, qualificou o empresário José Carlos da Silva Júnior como “ícone dos empresários de nosso Estado”.

Vanguarda
O presidente da FIEP recordou que José Carlos foi “o primeiro empresário da Paraíba a fazer propaganda cientificamente planejada de seus produtos”, e que “comandou um ciclo de vitalidade econômica da cidade”.

União
Romero discursou fazendo uma “conclamação à classe empresarial, para se unir à gestão que se inicia em janeiro”.

Demarcação
Ele verbalizou a intenção de “instituir um tempo novo” na cidade.
“Vou olhar para o passado com um único objetivo: corrigir o que está errado e fazer o certo. Sem revanchismo”.

Quatro mãos
Durante a solenidade, Ricardo Coutinho saudou a posse iminente de Romero e observou que “teremos uma caminhada conjunta muito profícua e proveitosa”, assinalando que a atual administração não compreendeu que “o poder público não é de ninguém”.

Personificação
RC prestou uma homenagem ao empresariado presente na pessoa de José Carlos da Silva Júnior.

Incentivos
O governador informou que o Estado este ano já aportou incentivos fiscais para Campina que somam R$ 85 milhões, e que o governo também se envolveu para que a Alpargatas gere mais 3 mil empregos diretos na cidade a partir de fevereiro.

Retaguarda
“O Estado não cresce a economia, mas estimula a economia a crescer. É importantíssimo que a classe empresarial entende isso”, grifou RC.

Estabilidade
Ricardo fez uma alusão ao novo embate com a mesa diretora da Assembleia Legislativa, salientando que só se alavanca continuamente a atividade econômica “com governabilidade”, e que “não interessa aventuras entre poderes, porque poder não é para brigar com poder”.

Solidez
“É preciso terreno fértil e regras claras, inclusive de convivência”, insistiu Ricardo, ao frisar que essa briga “prejudica nosso desenvolvimento”.

Sem farpas
Posteriormente, em entrevista, o governador disse que “estou muito entristecido” com a nova crise com a Assembleia, até porque “não fiz nesses dois anos nenhum ataque ao Legislativo”.

 

Cooptação de posturas
O governador lamentou que “de três em três meses ocorra a tentativa de se formatar uma crise contra o Executivo”.
– É um clima de conspiração permanente. Não é possível isso – bradou, acusando o deputado-presidente Ricardo Marcelo (PEN) de estar “amealhando posturas para serem contra o governador e o governo”.
Por fim, RC registrou que essa estratégia é uma forma completamente equivocada de se fazer política. É preciso ter clareza de posturas”.
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